sexta-feira, 18 de abril de 2014

O OPTIMISMO

O que é optimismo? é uma característica individual que, embora possa ter algumas influências genéticas, pode ser apreendida e implica sempre a capacidade de ter expectativas positivas acerca do futuro e acreditar que o que está para vir é bom. Isto para além da capacidade de ver o melhor da vida. Mesmo nas situações mais problemáticas, desafiadoras, e até dramáticas, o optimismo traduz-se na capacidade de retirar alguma aprendizagem e algum ponto positivo.

No entanto, é importante que fique claro que o optimismo não é sinónimo de patetice, nem irresponsabilidade, nem de uma visão cor-de-rosa da realidade. Aliás, está estudado que os optimistas têm uma avaliação muito cuidada dos factores negativos interferentes em qualquer tomada de decisão, ou seja, nunca negligenciam a informação negativa, não deixando, no entanto, de arriscar.

Se somos optimistas,  se acreditamos que somos capazes de concretizar determinados objectivos, teremos mais possibilidades de os realizar. Porque enquanto procuramos e esperamos o melhor, damos passos concretos para atingir esses sonhos e aspirações. Para dar um exemplo, existem estudos que demonstram a relação entre optimismo e produtividade no trabalho. Na área do sector imobiliário, os agentes de vendas optimistas vendem mais 33% do que os pessimistas. De uma forma geral, o mesmo se passa na área das telecomunicações, da banca e da venda de automóveis.

Ainda dentro da definição de optimismo, podemos encará-lo como a forma de explicar os acontecimentos da vida, pois existem diferentes maneiras de encarar os sucessos ou insucessos, consoante somos mais optimistas ou pessimistas. Os pessimistas explicam os sucessos como alguma coisa que não depende deles, e os insucessos como confirmações de que não prestam.

Os optimistas reconhecem, perante um sucesso, que têm competências, que se esforçaram e dedicaram e que, da próxima vez, voltarão a ter sucesso, ou seja, generalizam positivamente. Perante um insucesso, reconhecem o seu carácter pontual, e consideram que da próxima vez será melhor.

O optimismo passa pela compreensão de que a vida é uma autoprofecia. Aquilo que esperamos, com convicção, é aquilo que acabamos por ter. E isto não acontece por nenhuma razão esotérica, mas porque o nosso subconsciente acaba por encontrar na realidade forma de as nossas expectativas se realizarem.

As expectativas que temos sobre a nossa própria vida são reforçadas pelas expectativas que os outros também têm sobre nós próprios. Desta forma, os nossos resultados, sejam eles quais, são em grande parte, originados pelas expectativas que nós e os nossos pares têm sobre esses mesmos resultados, através do condicionamento mental que dessas expectativas é originado.

Mesmo as questões de saúde são em grande parte originadas pela forma como nós reagíamos à vida muito mais do que aos germes. Vários estudos apontam hoje para que entre 60% a 80% de todas as doenças tenham origem psicossomática. A nossa mente e a forma como nós a usamos, tem o potencial de limitar algumas funções do corpo, o que pode conduzir a doenças e até acidentes.


A avaliação científica demonstra que, se formos capazes de mudar o nosso discurso interior de forma positiva, é possível alterar a realidade. E mesmo que a realidade seja dramática e, em determinados momentos, nem sequer a possamos controlar, temos sempre um espaço de liberdade interior que corresponde à nossa linguagem íntima, à nossa narrativa na relação com os outros e com o mundo.



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