A
decisão é uma determinação ou resolução que se toma acerca de uma determinada
coisa. Regra geral, a decisão supõe iniciar ou pôr fim a uma situação; isto é,
impõe uma mudança de estado.
Os
especialistas definem a decisão como sendo o resultado de um processo
mental-cognitivo de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. Conhece-se como
tomada de decisões ao processo que consiste em optar por uma entre várias
alternativas.
A
tomada de decisões é levada a cabo em todos os aspectos da vida e em qualquer
altura. Desde que uma pessoa acorda e escolhe o que tomar ao pequeno-almoço,
passando pela roupa, o meio de transporte, o almoço e muitíssimas outras
coisas, o sujeito deve decidir uma infinidade de vezes por dia. Obviamente,
algumas decisões são mais complicadas do que outras devido às possíveis
repercussões.
A
principal forma de mudarmos ou melhorarmos as nossas vidas, é encontrarmos uma
forma de agir. De cada vez que agimos damos início a uma sequência de causa e
efeito que nos conduz numa determinada direcção. Para assumirmos então o
controlo do nosso futuro, devemos antes assumir o controlo das acções que
tomamos de uma forma consistente.
Mas
qual será a origem das nossas acções. Como é que elas surgem? A resposta encontra-se
nas nossas decisões. As nossas decisões são sempre precedidas pelas nossas
decisões. É então no nomento em que tomamos decisões que nos moldamos a nossa
vida, que nós moldamos o nosso futuro.
Toda a
importância que demos antes aos valores e às convicções surge, essencialmente,
porque estas condicionam totalmente as nossas decisões e consequentemente a
nossa acção.
O
desafio é que a maior parte de nós não compreende sequer o que significa tomar
uma verdadeira decisão. Habituámo-nos a usar o termo de uma forma tão leve que
o confundimos muitas vezes com preferências ou com desejos. Daí não
compreendermos também o fantástico poder que uma verdadeira decisão liberta. O
poder de um verdadeiro compromisso, do verdadeiro empenho.
Tomar
uma verdadeira decisão significa eliminar todas as outras alternativas.
Significa que não existe sequer a possibilidade de não acontecer aquilo que
acabámos de decidir. Se reflectirmos sobre a origem da palavra, compreendemos
exactamente a sua força. Decisão significa algo que tem origem numa cisão, ou
seja, num corte, de cisão.
Uma
verdadeira decisão transforma-nos numa pessoa diferente. A cada decisão que
tomamos tornamo-nos diferentes. E isso porque nos compromete com diferentes
resultados, com diferentes padrões. E quanto melhores forem os padrões e os
resultados que decidirmos para nós, melhores pessoas nos tornamos. Por isso,
devemos tomar decisões com frequência.
O
melhor do poder das decisões é que todos nós o possuímos. Não é algo reservado
a alguns predestinados, ou a indivíduos que nascem em condições privilegiadas,
todos nós já o temos. Por tanto, não são as nossas condições de vida e aquilo
que nos acontece que determina o nosso futuro, mas sim as decisões que tomamos
sobre aquilo que nos acontece.
Ao
juntarmos o poder das nossas decisões com o de objectivos claros, tornamo-nos
praticamente imparáveis. Uma decisão associada a um objectivo torna-nos
verdadeiramente poderosos, porque a uma decisão está associada acção. E não
qualquer tipo de acção, mas acção massiva. Acção com níveis de urgência e
concentração de poder elevados. A uma verdadeira decisão associamos 100% dos
nossos recursos. Uma verdadeira decisão é a negação da alternativa contrária.
Depois
de tomarmos acção, devemos avaliar a resposta que obtemos. Se não for
imediatamente positiva, devemos entendê-la apenas como feedback e não como um
fracasso. E afinar a nossa abordagem até obtermos o retorno pretendido.
A única
forma de não realizar um objectivo depois de tomar uma decisão é desistir. E
enquanto a dor da disciplina é temporária, disistir é para sempre e é o que nos
rouba os nossos sonhos. Devemos manter o compromisso absoluto com as decisões,
mas mantermo-nos flexíveis na nossa abordagem até encontrar o caminho.
Num
sentido geral, a tomada de uma decisão requer sempre conhecer o problema e
compreendê-lo para assim poder resolvê-lo ou, pelo menos, decidir em
consequência da informação processada.
“O
futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e
cada evento influencia todos os outros”.
Alvin Tofller
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